domingo, 26 de fevereiro de 2012

Rubem Fonseca - Correntes d'Escritas - 2012




Cortesia Youtube:


http://www.youtube.com/watch?v=QqjLOOs8h5k
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Rubem Fonseca lendo um soneto de Camões



Cortesia Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=tg2CzeNJxC8&feature=related


Busque Amor novas artes, novo engenho,

para matar-me, e novas esquivanças ;

que não pode tirar-me as esperanças,

que mal me tirará o que eu não tenho.


Olhai de que esperanças me mantenho !

Vede que perigosas seguranças :

que não temo contrastes nem mudanças,

andando em bravo mar, perdido o lenho.


Mas, conquanto não pode haver desgosto

onde esperança falta, lá me esconde

amor um mal, que mata e não se vê ;


Que dias há que na alma me tem posto

um não sei quê, que nasce não sei onde,

vem não sei como, e doi não sei porquê.



Luís Vaz de Camões

Fonte: Luís de Camões, Líricas, selecção, prefácio e notas de Rodrigues Lapa, Imprensa Libânio da Silva, Lisboa, 1950.

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